terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Cooperativa de Crédito Rural na Comunidade e Sua Razão Social.

RESUMO
O presente trabalho tem caráter investigativo e visa principalmente analisar a cooperativa de crédito na comunidade e sua relação direta com os associados, buscando identificar aspectos que definem o grau de satisfação ou insatisfação destes em relação aos serviços oferecidos diante das necessidades apresentadas e a qualidade do trabalho dos agentes de desenvolvimento de crédito Essa pesquisa, qualitativa e exploratória, focou na empresa. Em entrevista com dezessete (17) associados de um universo de dezessete (17) comunidades, foi coletados dados correspondentes a atuação dos agentes de desenvolvimento de crédito, tendo ainda através de oitenta (80) associados  de um total geral de um mil e cem (1.100), obtemos  a possibilidade de tabular dados correspondentes ao nível de satisfação ao insatisfação dos associados com base no atendimento dos profissionais que atuam na Crediseara que são fundamentais para a qualidade do trabalho. Assim este tipo de organização chamada cooperativa foi sendo construído em diferentes níveis da sociedade, transformando cada vez mais numa manifestação social que no verbo cooperar delineou suas bases estruturais.
PALAVRAS-CHAVE: Cooperação, Satisfação, Agentes de desenvolvimento do crédito.

INTRODUÇÃO
Na realização deste projeto, percebe-se a necessidade constante que o ser humano tem, de buscar qualificar suas relações com o meio onde vive. Desta forma a presente pesquisa caracteriza-se como recurso teórico de análise da atual situação do cooperativismo na sociedade, tendo o Sistema Cresol como referencia através da Cooperativa de Crédito Seara a Crediseara. Cabe destacar que o estudo disponibilizado neste material compreende sua função na ordem da pesquisa profissional como recurso de desenvolvimento do referido Sistema Cooperativista e da formação dos profissionais responsáveis pelo mesmo.
Segundo Bittencourt (2001), o sistema cooperativista é produto histórico, observado, ainda nas comunidades primitivas, sendo que no passar do tempo sua experiência sobreviveu, estabelecendo a estrutura cooperativista que traz consigo o pioneirismo dos ingleses de Rochdale, na Inglaterra, tendo aí o reconhecimento do marco inicial do cooperativismo mundial.
Assim na continuidade, deste processo de desenvolvimento gerado na Inglaterra da Revolução Mundial as cooperativas surgiram com o intuito de amenizar as dificuldades presentes na época, conforme Pinheiros (2008), articulando como instrumentos reuniões, deferindo sobre as suas principais necessidades, como vestuário, alimentação, construções de casas para moradia e também a fim de acalmar o índice de desempregado, viabilizando situações que possam modificar esta realidade.
Neste contexto segundo nos coloca Bittencourt (2001) as cooperativas caracterizam-se como elementos de organização capazes de construir soluções numa perspectiva normativa diante do que pede suas intervenções sociais na construção cotidiana de desenvolvimento.
É nesta perspectiva que a presente pesquisa se desenvolve focando sua análise numa dimensão histórica do cooperativismo que tem na palavra cooperação seu principal instrumento de compreensão do processo instaurado dentro das necessidades humanas de organização coletiva, contextualizando desta forma toda realidade estrutural do setor e seu desenvolvimento na área de parcerias de crédito.
São apresentadas informações quanto ao caráter organizacional da cooperativa numa dinâmica que aborda o contexto amplo de sua atuação, desde o corpo administrativo de uma desta até a sua instancia de intervenção direta com os associados.
Desta forma, o presente trabalho  tem como objetivo gerador do processo, realizar um estudo quanto á satisfação dos associados referente ao atendimento administrativo que lhe é oferecido.
Para tanto fica clara também a necessidade de analisar a cooperativista e a atuação dos agentes de desenvolvimento de crédito, compreendendo sua organização frente às dificuldades específicas apresentadas pelos associados da Crediseara em sua comunidade.


COOPERATIVISMO

No Mundo
A Cooperativa de Crédito Rural é uma organização que surge na Inglaterra ainda no século XIX, com o intuito de amenizar as dificuldades de alguns grupos menos favorecidos pelo sistema econômico, conforme Bittencourt (2001).
Doutrina e economia que atribui às cooperativas um papel primordial, um sistema, uma forma ideal de organização sócio econômica, uma cooperação, ajudar, auxiliar, um movimento, uma atitude humana.
Foram os Pioneiros de Rochdale em 1844, que deram origem as cooperativas de créditos, sobrevivendo sua experiência até os dias de hoje, reconhecido como um marco do cooperativismo mundial um cooperativismo moderno que permanece vivo no momento presente, conforme Becho (1998) nos ensina:
Os Pioneiros de Rochdale tinham bem claro em sua mente o que queriam, eram vinte tecelões, eles se reunião em Rochdale perto de Manchester, na Inglaterra de forma mais fácil tentavam diminuir os malefícios da Revolução Industrial, com forma cooperativista tentavam acalmar sua dificuldades fazendo reuniões para discutir as suas principais necessidades, como vestuário e alimentação e também as construções de casas para moradia e acalmar o índice de desempregado dando ajuda para conseguir um emprego e automaticamente seu sustento. (Becho, p. 30, 1998).

Com o sucesso dos Pioneiros de Rochdale que superaram os limites da sociedade, suas experiências vitoriosas vêm sendo um modelo adotado pelas cooperativas até hoje.
O cooperativismo se expandiu por todo o mundo, existe conforme Bittencourt (2001) em sua pesquisa, aproximadamente 20.000 agências de crédito na Alemanha, 18.500 na Inglaterra e 3.000 na Holanda.

No Brasil
No Brasil o cooperativismo avançou de grande forma, ele abriu caminho para que as pessoas atuassem de forma mais humana, sabendo valorizar os agricultores descapitalizados, assim os mesmos receberam o reconhecimento, como pessoa digna de receber benefícios para suas necessidades.
O cooperativismo de crédito brasileiro é identificado em quatros fases distintas, ocorridas em momentos bem peculiares, de trajetórias políticas econômicas do país. A fase pioneira (1902 a 1932) depois a chamada fase da proliferação desordenada (1932 á 1962) durante a era Vargas, sendo sucedida pela fase do controle e retração (1962 a 1988) com a ditadura militar e a última fase em destaque que se caracteriza como fase da retomada da expansão do sistema após a constituição de 1988. (Becho, p.35, 1998).
Segundo Bittercourt (p.60, 2001):
[...] as cooperativas de créditos surgiu no Brasil em cidades e vilas na tentativa de ressorver os problemas de produção e consumo As primeiras cooperativas brasileiras foram fundadas em 1902 na serra gaúcha, depois criaram outras cooperativas pelo Brasil. Nos anos 60 as cooperativas de crédito tiveram grandes dificuldades somente nos anos 80 elas reergueram-se provocando um grande aumento de sócios principalmente, aqueles agricultores familiares descapitalizados. (Bittercourt, 2001, p. 60).

Em 1988 foi definido num congresso Nacional de Cooperativismo que as cooperativas deveriam ser como uma sociedade de pessoas de natureza civil unida pela cooperação, e ajuda mútua, de objetivo econômico e social comum entre todas. E conforme Pinheiros (2008) em 1996 foi fundados o Banco do Sistema Sicredi S.A com atuação no Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, depois em 1997 foi fundados o Banco Cooperativo do Brasil S.A, com atuação geral no Brasil.

No Estado
A primeira cooperativa de crédito rural vinculada em Santa Catarina foi à de Quilombo com a Crediquilombo, após teve o surgimento de outras cooperativas pelo estado. Em 1996 no estado do Paraná a cooperativa de crédito rural formada exclusivamente por agricultores familiares, ganhou forma, onde criou-se o próprio sistema denominado Sistema Cresol de Cooperativas de Crédito com Interação Solidária Ltda, esse sistema expandiu-se pelos três estados do sul fazendo com que muitas cooperativas que não estavam satisfeitas com a atuação do Banco Cooperativo optar em se desvincular da Sicredi S.A e filiar-se no Sistema Cresol segundo dados de Bittencourt (2001).
Conforme Pinheiros (p.31, 2008) destaca que:

A Resolução nº 3.106, de 25 de junho de 2003, regulamentada pela Circular nº 3.201, de 20 de agosto de 2003, revogou as Resoluções nº 2.771 e nº 3.058, voltando a permitir a constituição de cooperativas de livre admissão de associados em localidades com menos de cem mil habitantes ou a transformação de cooperativas existentes em cooperativas de livre admissão de associados em localidades com menos de 750 mil habitantes, sendo obrigatória para essas cooperativas a adesão a fundo garantidor de crédito, exceto se a cooperativa não captar depósito, e a filiação à cooperativa central de crédito que apresente cumprimento regular de suas atribuições regulamentares de supervisão das filiadas. (Pinheiros, p. 31, 2008).


Cabe ao estado, portanto, a correção das desigualdades, a nova regulamentação visivelmente estimulada para a ocupação das regiões e segmentos sociais menos favorecidos pela limitação geográfica e pela exigência de capital diferenciada, cidadãos que vivem em municípios ou conjunto de municípios com menos de mil habitantes agora puderam se organizar em sociedades cooperativas, e assim tornar variável, pelo estímulo a poupança popular pequena, tendo empreendimentos rurais e urbanos geradores de emprego. Com o fortalecimento a norma permitiu não apenas a transformação das atuais cooperativas, mas também a possibilidades de associações de produtores agricultores descapitalizados.
As projeções para o cooperativismo são otimistas, o governo estadual reconhece a força, para que fosse assegurado com cautela o crescimento das cooperativas e suas poupanças, foram tomadas medidas adequadas, para evitar erros do passado, cometido por falta de regras, normas, com isso a reação foi que, por um determinado período as cooperativas estacionassem em seu desenvolvimento. Todo esse ciclo prejudicou a expansão das cooperativas em nosso país segundo a Revista Gestão Cooperativa ( 2003)
As economias das cooperativas fundamentam-se em qualidade de bem estar e de vida para os agricultores descapitalizados dando aos seus associados uma segurança e confiabilidade para todos no exercício de organização.

SISTEMA CRESOL DE COOPERATIVAS
O Sistema Cresol é conveniado com o Banco do Brasil para manter um sistema de compensação, com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social o Banco Regional de Desenvolvimento do Estremo Sul ele também mantem convênios para repasse de recursos oficiais de crédito rural. (http://www.cresol.com.br/site/. Acesso em: Nov.2011).
O repasse dos créditos proporcionados pelas instituições acima citadas e a prestação de serviços são organizados pela cooperativa, mas não assumem o risco do financiamento, quem assume é o financiador final, ou seja, é o associado que torna-se um devedor, mas para a instituição que ofereceu o crédito e não para a cooperativa, ela é responsável pelo intermédio entre os dois segundo Informativo Base Oeste (2003).
O Sistema Cresol tem suas atividades voltadas para a agricultura familiar e o desenvolvimento sustentável:
Atualmente o Sistema Cresol conta com 72 singulares distribuídas nos três estados do sul, mais de 210 municípios atendendo em média cerca de 40 mil agricultores. O Sistema possui sete bases, sendo três no Paraná, duas em Santa Catarina e duas no Rio Grande do Sul. (Informativo Base Oeste, p.01, 2003).

Assim sua missão é fortalecer e estimular a interação solidária entre agricultores familiares e suas organizações através do crédito e da apropriação de conhecimento visando o desenvolvimento sustentável, tendo como princípios orientar sua prática cotidiana com base na democracia, na articulação com os movimentos populares, a direção e gestão dos próprios agricultores, transparência, descentralização, honestidade, solidariedade, cooperação e ética, conforme especificações no site do sistema cresol (http://www.cresol.com.br/site/. Acesso em: nov.2011)

COOPERATIVA DE CRÉDITO RURAL DE SEARA – CREDISEARA
A discussão para a criação da Crediseara iniciou no final de 1992, nos grupos coletivos organizados de agricultores, no inicio de 1993 decidiram fazer um levantamento para estudar a viabilidade, aonde chegou-se a uma conclusão a que somente associações e grupos coletivos não viabilizariam uma cooperativa de crédito e que era preciso aumentar os atores locais para ser viável, segundo Cresol Baser (2004).
No dia 25 de abril de 1994 foi realizada a Assembleias Geral de Fundação da Cooperativa de Crédito Rural de Seara Ltda, com a participação de mais de 500 pessoas onde aprovou-se o nome Crediseara, com abrangência para os municípios de Seara. Ita, Xavantina, Arvoredo, Arabutã, Xaxim e Ipumirim. Após o encaminhamento da documentação ao Banco Central do Brasil, foi aprovado a abertura da mesma no dia 18 de agosto de 1994, conforme Cresol Baser (2004).
 A Crediseara abriu suas portas no dia 04 de janeiro de 1995 com a presença de diversas autoridades municipais, estaduais e federais e um número de agricultores da região segundo Seara (2004). Desde o inicio ate os dias atuais a Crediseara faz financiamento com recursos próprios e com repasses de recursos oficiais como custeio e financiamentos, ela é uma instituição financeira sem fins lucrativos, formada e coordenada por agricultores familiares associados que possuem objetivos em comum.

AGENTES DE SENVOLVIMENTO DE CRÉDITO
Adequando-se a realidade de cada região os agentes de desenvolvimento de crédito tem eliminado o problema de falta de informação e a burocracia na liberação de crédito rural.
Os agentes de desenvolvimento de crédito desempenham um papel fundamental dentro das cooperativas. Eles têm como tarefa participar do processo de cadastramento dos cooperados, levantar as demandas e fazer uma espécie de pré-seleção dos empréstimos. Além disso, desenvolvem um trabalho de conscientização sobre o uso de agrotóxicos e a importância do uso de adubos orgânicos. Dessa forma tenta mostrar aos agricultores o caminho para uma vida com mais qualidade. (http://www.cresol.com.br/site/. Acesso em: nov.2011).

Segundo Sistema Cresol (2004) o programa dos agentes surgiu em 2000, Pitanga e Marmeleiro foram às primeiras cooperativas do Sistema Cresol a programar este trabalho. A experiência deu tão certo que acabou sendo compartilhada entre outras cooperativas.
Hoje a comunidades que ainda não tem os agentes se organizam para escolhê-los, naquelas em que eles já atuam, a participação dos associados na cooperativa deve ser permanente.
Os agentes de desenvolvimento de crédito assumem também o papel de formadores de opiniões, principalmente por se tornarem uma ponte entre a cooperativa e o associado. Eles acabam sendo referencia da cooperativa. Também são responsáveis ainda pela mobilização dos agricultores em reuniões e assembleias, sempre discutindo pelo viés do desenvolvimento social.
Para desempenhar todas essas funções os agentes passam por cursos de formação e estão em constante atualização. São também os responsáveis pela organização de compra coletiva nas comunidades rurais.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Esta pesquisa é de abordagem quantitativa exploratória de caráter investigativo, sendo fundamentada em conceito científico, descritos por pesquisados, com influencia em cooperativismo, sendo um estudo de caso e uma pesquisa de campo, envolvendo associados da cooperativa Crediseara bem como o corpo administrativo desta instituição.
Segundo YIN (2001), o estudo de caso é uma pesquisa social onde analisa contextos da vida real, usando questões de “como” e “por que” onde o pesquisador possui um frágil controle sobre os acontecimentos. 
A fim de articular nossa pesquisa de forma pratica, a Crediseara fez-se principal fonte de análise. Esse processo aconteceu no horário correspondente ao período de trabalho durante uma semana, onde foram observados aspectos que envolvem a cooperativa e sua relação com os associados.
O contato com a referida instituição aconteceu por meio de entrevistas com dezessete (17) associados, num universo de dezessete (17) comunidades, sendo destacadas informações quanto a dificuldades observadas no quadro de atuação da Crediseara junto aos associados em sua comunidade, através dos agentes de desenvolvimento comunitários que se faz elo direto.
Num segundo momento foram aplicados questionários a oitenta (80) associados, num universo de um mil e cem (1.100), a fim de verificar a conceituação aplicada diante dos níveis de satisfação ou insatisfação quanto ao atendimento administrativo da cooperativa.
Diante dos procedimentos adotados o registro deste aconteceu através de fotos documentadas e anexadas a outras modalidades de registros como material de pesquisa disponibilizado a quem interessar a análise da estrutura cooperativista do Sistema Cresol.

ANALISE DE DADOS.
A análise de dados caracteriza-se como um momento culminante da pesquisa visto que possibilitam o acesso as informações colhidas através da pesquisa de campo mediatizada pela entrevista com os associados.
Analisando os dados de forma específica, nos voltamos às questões da entrevista neste primeiro momento. A primeira questão corresponde à análise das respostas de associados de diferentes comunidades, quanto ao atendimento dos agentes de desenvolvimento de crédito que estabelece relação entre estes e a Crediseara, apresentando informações substanciais, referenciando dados que descrevem certa satisfação nesta parceria, embora fiquem claras muitas dúvidas quanto ao exercício desta relação no contexto geral da organização.
Feito a analise e entrevista referente a satisfação do atendimento administrativo da cooperativa obtivemos num total de 1.100 (um mil e cem) associados, foram estudado 80 (oitenta) desses então 53% (cinquenta e três por cento) acreditam estar satisfeitos com o atendimento administrativo da cooperativa, 12% (doze por cento), excedem as expectativas e apenas 15% (quinze por cento) acham sua situação regular ou ruim na prestação de serviço oferecida. Quanto ao atendimento que estamos observando, de fato, a qualidade na prestação de serviço dos funcionários da cooperativa é consideravelmente satisfatória.
Num segundo momento em referência ao atendimento dos agentes de desenvolvimento de crédito na comunidade, pelo fato de ser o responsável pela distribuição das informações relevantes a situações dos acontecimentos da cooperativa observamos os dados coletados em diferentes comunidades da região onde atua a Cooperativa Crediseara ficam claro que a comunidade mostra-se satisfeita com a criação dos agentes de desenvolvimento de crédito, no entanto a sugestões oferecidas é um maior desempenho dos mesmos para levar informação, de forma simples até a comunidade.
Atualmente as cooperativas têm agentes de desenvolvimento de crédito que é o elo maior entre a comunidade e a administração da cooperativa em si. Dessa forma a fim de analisar a relação direta dos associados em suas comunidades com os agentes de desenvolvimento, figurou-se dentre as questões apresentadas à relação do mesmo dentro da comunidade. As informações obtidas durante as entrevistas percebe-se a falta de esclarecimento sobre a cooperativa na qual os associados estão inseridos, pois sabe-se que a clareza no repasse de informações mantém a solidez da parceria, na medida que integra num conjunto amplo, necessidades e expectativas do associados, da comunidade e da própria cooperativa.
Durante a pesquisa desenvolvida, foi observado que no momento em que o agricultor destaca que o agente deveria dedicar-se mais em elaborar reuniões com suas comunidades para informar sobre os acontecimentos e ouvir opiniões de seus associados, está indiretamente demonstrando sua insatisfação com a parceria estabelecida entre a cooperativa, o que requer a análise da estrutura que veicula a atuação dos agentes dentro das suas respectivas comunidades.
Nota-se que em algumas comunidades, é necessário que os dirigentes, exerçam com mais consciência a função que lhe foi dada, atendendo aos pedidos dos agricultores num processo organizado de parcerias, onde o agente treinado seja capaz de exercer sua atividade ligando a Cooperativa Crediseara a todos os associados de diferentes comunidades.
No levantamento feito obtemos o seguinte resultado onde dos 80 (oitenta) associados entrevistados de diferentes comunidades, num total de 1.100 (um mil e cem), na questão quanto à atuação dos agentes, pode-se observar que o grau de insatisfação está mais acentuado ponderando entre 35% (trinta e cinco por cento) e 13% (treze por cento) sob conceitos de regular e ruim, um total de 48% (quarenta e oito por cento) então é questionável a qualidade do trabalho destes agentes, é um número meramente considerável se for analisar que alguns consideraram andamento do programa bom, porém com algumas ressalvas.
Destacando todos os dados coletados e posterior análise são traçados eixos que compreendem as considerações finais.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Cooperativa de Crédito Rural na Comunidade e Sua Razão Social, temática permeadora deste trabalho, neste instante nos permitem considerar que todo trabalho humano define sua razão existencial na capacidade de integrar nas necessidades humanas a mesma força que se transforma em capacidade de realizar, transformar a realidade em que se insere.
Assim, o presente documento descreve uma trajetória de análise que pondera sua razão existencial na compreensão de desenvolvimento da sociedade como produto do desenvolvimento criativo e produtivo de ser humana, sendo que na ação continuada do trabalho reside a essência para está descoberta que se luta pelos ideais de igualdade e é capaz de vislumbrar novos caminhos de desenvolvimento.
Dos aspectos referenciados no texto de análise dos dados cabe destacar que de modo geral a relação dos associados com a cooperativa tem se mostrado satisfatória e principalmente aberta para uma consciência que percebe a necessidade contínua de mudança e aperfeiçoamento diante das constantes mudanças a que se submete frente à organização competitiva do mercado globalizado.
A valorização do setor da economia primária, fundamentado na produção agrícola é determinante no processo crescente dos demais setores, sendo assim, a Crediseara busca na qualificação de seus profissionais e estabelece uma parceria produtiva com o associado. Assim a satisfação referente ao atendimento administrativo e burocrático dados aos seus cooperados foi percebida como satisfatória, desta forma seus funcionários assalariados estão desempenhando um bom trabalho na hora de atender o associado.
A presença dos agentes de desenvolvimento na comunidade é uma forma de aproximação que viabiliza essa relação, no entanto como pode observar no decorrer da análise esse processo tem apresentado falhas que precisam ser corrigidas com o intuito de compreender as causas, a fim de agir sobre as consequências.
A importância desse agente junto à comunidade é de fato muito relevante, pois a cooperativa ganha assim como o cooperado é ajudado, facilitando o seus a fazeres pelo fato de que o mesmo não gasta tempo para se deslocar de sua comunidade e ir até a cidade para talvez pedir apenas uma informação, assim o agente faz o intercambio entre a cooperativa e o associados passando-lhes informações e acontecimentos da Crediseara.
A verdadeira mudança na qualidade de qualquer nível de serviço de organizações sociais está diretamente condicionada a um processo de constante avaliação, devendo ponderar sobre este, princípios de uma prática estratégica de organização.
Como caminho a ser percorrido, o desenvolvimento da Crediseara depende diretamente de quem assume a responsabilidade de carregar seu nome como instrumento de apoio e luta ao setor de produção agrícola. A Crediseara é o espaço aberto ao desenvolvimento da comunidade Searaense, e seu crescimento, dependendo da forma como se administram os processos constantes de mudanças aos quais se submete.
A qualificação dos agentes de desenvolvimento de crédito é destacada como sugestão a maior análise das relações produtivas que a comunidade estabelece com a cooperativa.
Não há como negar o que afirma o título deste documento, a Cooperativa de Crédito na Comunidade tem uma razão social existencial que está em assegurar a continuidade do processo de desenvolvimento a partir das bases da cadeia produtora.
Desta forma percebe-se que a metodologia aplicada através deste projeto referenciando os agentes de desenvolvimento de crédito é de fato motivadora e adaptável a todas as cooperativas, desde que possuam pessoas qualificadas para manter um nível de atendimento satisfatório aos associados.
Mas fica a questão a ser dada continuidade deste trabalho uma necessidade de observação mais concisa tendo em vista a insatisfação parcial do atendimento atual dos agentes de desenvolvimento da Cooperativa de Crédito rural Crediseara.

REFERÊNCIA

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